Projetos

Escola Lilás: levando as discussões de gênero, raça/etnia e sexualidades para as escolas públicas, tem como proposta formar agentes multiplicadores/as que conheçam e divulguem a Lei Maria da Penha nas escolas municipais capacitando estudantes, professoras/es e demais profissionais da educação para serem porta-vozes da luta pelo fim da violência contra às mulheres, do patriarcado e do racismo. Idealizado e realizado pelo Grupo Frida Kahlo, projeto de extensão da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), o Escola Lilás surge como uma proposta pedagógica transformadora para enfrentar estruturas opressoras que se reproduzem no ambiente escolar, muitas vezes tratados como simples “bullying”, discutimos as raízes do racismo, do sexismo, do patriarcado, da heteronormatividade e do capacitismo com as crianças e adolescentes, como também com os profisssionais da educação. A proposta parte do entendimento de que a escola não é um espaço neutro, mas um território onde desigualdades se manifestam veladamente, seja na divisão sexualizada de brincadeiras, no tratamento discriminatório a crianças negras ou na invisibilização de famílias LGBTQIAP+. Por meio de jogos lúdicos, contação de histórias inclusivas e atividades artísticas, a oficina estimula as crianças a refletirem criticamente sobre estereótipos. O diferencial da Escola Lilás está em seu caráter político-pedagógico: não se trata apenas de promover tolerância, mas de desnaturalizar hierarquias sociais desde a infância. Ao questionar, por exemplo, por que meninas são desencorajadas a praticar esportes ou por que crianças negras são menos valorizadas, o projeto abre espaço para que os alunos reconheçam injustiças e se vejam como agentes de mudança.